quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Três conselhos...


Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:

- Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim, pois eu serei fiel a você.

Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.

O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto foi o seguinte:
- Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações. EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.

Tudo combinado.
Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse:
- Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.

O patrão então lhe respondeu:
- Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos; se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta.

Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe:
- QUERO OS TRÊS CONSELHOS.

O patrão novamente frisou:
- Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro.

E o empregado respondeu:
- Quero os conselhos.

O patrão então lhe falou:

1. NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.

2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.

3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.

Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
- AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.

O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.

Após primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:
- Pra onde você vai?

Ele respondeu:
- Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa estrada.

O andarilho disse-lhe então:
- Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez e você chega em poucos dias.

O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir.
De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.
Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.
Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia escutado gritos durante a noite, e ele respondeu que sim.
O hospedeiro perguntou-lhe se não estava curioso a respeito, e ele respondeu que não.
O hospedeiro prosseguiu:
- VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite... e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.

O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada... Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.

Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele pensou: "NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI FIEL A ELA."

Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente.
Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos lhe diz:
- Eu fui fiel a você e você me traiu...

Ela espantada lhe responde:
- Como? Eu nunca lhe trai, esperei durante esses vintes anos!

Ele então lhe perguntou:
- E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?

- AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade.

Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão.

APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele parte o pão e, ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação!


Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...

Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará...

Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois...

sábado, 9 de agosto de 2008

João e Mário


7:00 da manhã, o dia estava começando para João, um importante empresário de uma capital de estado. Ele morava em uma apartamento de cobertura na zona mais nobre da cidade, era muito bem sucedido, poderia até ficar mais tempo na cama, mas o trabalho erasagrado para ele. E também era sua responsabilidade levar os seus filhos para o colégio, tarefa que ele adorava, apesar de contar com motorista particular para faze-lo.

João deu um longo beijo de bom dia para sua amada esposa e fez em silencio a sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida , seu trabalho e suas realizações. Sim, João, era um bom cristão, qualidade um tanto quanto rara nos homens de negócios.

Após tomar café com a esposa e os filhos sem pressa, pois os momentos com a família pra ele eram importantes, João levou os filhos ao colégio, a esposa em uma instituição de caridade que ela coordenava, e se dirigiu a uma de suas empresas.

Chegando lá mais demonstrações de que era um homem de negócios diferente dos demais. Cumprimentou com um sorriso a todos os funcionários por quem passou, inclusive Dona Teresa, a faxineira. Tinha ele inúmeras contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi:
Calma garota, vamos fazer uma coisa de cada vez sem stress

Sim era outra característica de João que o diferenciava de outros executivos, ele não deixava suas obrigações profissionais torná-lo escravo do trabalho. E foi assim o seu dia. Ao chegar a hora do almoço fez questão de deixar a empresa e seus negócios naempresa e foi para casa curtir a família.

A tarde tomou conhecimento que o faturamento do mês superou os objetivos e mandou anunciar que todos os funcionários teriam gratificações salariais no mês seguinte. Apesar da sua calma, ou talvez, por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia, quando chegou o final da tarde.

Foi direto para um supermercado fazer o que ele fazia uma vez por mês. Comprava gêneros alimentícios de primeira necessidade e distribuía ele mesmo para famílias carentes da cidade. Depois foi pra casa, pois era Sexta-feira e ele havia prometido levar seus filhos ao parque, assim aproveitava para fazer um cooper enquanto eles brincavam. E ele não perdeu tempo, pois depois disso ainda faria uma outra atividade para terminar o dia, que lhe dava imenso prazer, uma palestra para estudantes sobre motivação para vencer na vida.

Enquanto isso numa outra capital de estado, no bairro mais pobre, vamos acompanhar um pouco a vida de Mário.

Era Sexta-feira e como fazia em todas as Sexta-feira, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Ele já chegou no bar nervoso, pois, tinha sido mais um dia sem emprego, mas na verdade um amigo seu mecânico, alias um dos poucos que ainda lhes restava, tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando o que alega alguém que não quer trabalhar.

Mário não tinha filhos, e estava também sem uma companheira, pois sua terceira mulher, dias antes partiu, dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil, alias, as outras duas também o deixaram pelo mesmo motivo.
Ele estava morando de favor, em uma peça imunda no porão de uma casa, que servia de quarto e cozinha. Mas o dono da casa só não o mandava embora porque sabia que ele era um homem violento, e tinha medo.

No bar, Mário bebia um atrás do outro, enquanto aguardava uns caras, que viriam para combinar um assalto no dia seguinte, isso mesmo, além de tudo, Mário estava entrando para o mundo do crime. Após combinarem tudo ele bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora, pois queria fechar. Pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então uma tremenda confusão se armou, pois Mário era do tipo valentão que acha que sempre tem razão, mas como estava embriagado levou a pior, o dono do bar o colocou pra fora e só não lhe deu uma surra porque ficaria ruim para se estabelecimento. Ainda havia várias pessoas na rua que presenciavam tudo.

Sentado na calçada Mário chorava pensando no que havia se tornando sua vida, quando passou o seu único amigo, o mecânico que havia lhe oferecido emprego, após levá-lo para casa e curado um pouco o porre, ele perguntou a Mário:

Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo poço desta maneira?

Mário então desabafou:
Minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por faltas de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinhaum irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi, deve estar vivendo desta mesma forma.

Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes, já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta.
- Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário, e um grande ser humano?

João, emocionado, respondeu.
Minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por faltas de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela a vida que queria mais para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi, deve estar vivendo desta mesma forma.

João e Mário eram os gêmeos desta história.

O que aconteceu com você até agora, não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que aconteceu. Sua vida pode ser diferente. Não se lamente pelo passado, construa você mesmo o seu futuro. Encare tudo como lição de vida, aprenda com os seus erros e até mesmo o erro dos outros. O que aconteceu é o menos importante. O que realmente importa é o que você vai fazer com o que aconteceu.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Um meio ou uma desculpa?


Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.


Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.

Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.

O sucesso é construído à noite. Durante o dia você faz o que todos fazem.

Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.

Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.

Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.

Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chopp com batatas fritas.

Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação.

Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica.

Mas toda mágica é ilusão e a ilusão não tira ninguém de onde está.

Em verdade, a ilusão é combustível dos perdedores pois:

"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa."

Roberto Shinyashiki