segunda-feira, 14 de julho de 2008

Amigos para sempre


Eis uma história que nem todos conhecem, mas que nos leva a pensar se precisamos mesmo conviver com a rivalidade.
Refere-se a dois dos três tenores que encantaram o mundo, cantando juntos.

Mesmo quem nunca visitou a Espanha, conhece a rivalidade existente entre catalães e madrilenos, dado que os catalães lutam pela autonomia, numa Espanha dominada por Madrid.

Pois bem, Plácido Domingo é madrileno. José Carreras é catalão.

Devido a questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo, tornaram-se inimigos. Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos, que só atuariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.

Em 1987, apareceu a Carreras um inimigo muito mais implacável que o seu rival, Plácido Domingo: Foi surpreendido por um diagnóstico terrível: leucemia. A sua luta contra o câncer foi muito difícil, tendo-se submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de uma mudança de sangue, que o obrigava a viajar mensalmente até aos Estados Unidos.

Nestas circunstâncias, não podia trabalhar e apesar de ser dono de uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos tratamentos, dilapidaram as suas finanças. Quando não tinha mais condições financeiras, teve conhecimento da existência de uma fundação em Madrid, cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia.

Graças ao apoio da fundação "Formosa", Carreras venceu a doença e voltou a cantar. Voltou a receber os altos cachês que merecia, e resolveu associar-se à fundação.

Foi ao ler os seus estatutos, que descobriu que o seu fundador, maior colaborador e presidente da fundação, era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a fundação para ajudá-lo e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio do seu "inimigo”.

Mas, o mais comovente foi o encontro de ambos. Surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos em Madrid, Carreras interrompeu a atuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se a seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente. Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade.

Mais tarde, uma jornalista perguntou a Plácido Domingo, porque criara a fundação "Formosa", num gesto que além de ajudar um "inimigo", ajudava também o único artista que poderia fazer-lhe concorrência.

A sua resposta foi curta e definitiva:

- Porque uma voz como aquela não poderia perder-se.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A tigela de madeira


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.

A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

- Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai. - disse o filho.

- Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira.

Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que você está fazendo?

O menino respondeu docemente:
- Ah, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer.

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.

Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua e amanhã será melhor.

Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram.

Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.

Aprendi que "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver".

Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance.

Aprendi que viver não é só receber, é também dar.

Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir. Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.

Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.

Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros.

Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano – segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.

Aprendi que ainda tenho muito que aprender...

As pessoas se esquecerão do que você disse... Esquecerão o que você fez... Mas nunca esquecerão como você as tratou.

Ouvindo Deus


Eram aproximadamente 10 horas quando um jovem começou a dirigir-se para casa.

Sentado no seu carro, ele começou a pedir:
- Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouví-lo. Farei tudo para obedecer.

Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho:
'Pare e compre um galão de leite'.

Ele balançou a cabeça e falou alto:
- Deus? É o Senhor?

Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa.
Porém, novamente, surgiu o pensamento: 'Compre um galão de leite'.
O jovem pensou em Samuel seu filho e como ele não reconheceu a voz de Deus, ele continuou.

Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil... Ele poderia também usar o leite.
O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa.

Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido: 'Vire naquela rua'.

- Isso é loucura... - pensou - e, passou direto pelo retorno.

Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua.
No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua.

Meio brincalhão, ele falou alto :
- Muito bem, Deus. Eu farei.

Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Ele brecou e olhou em volta.
Era uma área mista de comércio e residência. Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança.
Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa.

Novamente, ele sentiu algo: 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'.

O jovem olhou a casa. Ele começou a abrir a porta, mas voltou a sentar-se.
- Senhor, isso é loucura. Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?

Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Inicialmente, ele abriu a porta...
- Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas. Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente.
- Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui.

Ele atravessou a rua e tocou a campainha.
Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança.


A voz de um homem soou alto:

- Quem está aí? O que você quer?

A porta abriu-se, em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele desconhecido em pé na sua soleira.
- O que é?

O jovem entregou-lhe o galão de leite.
- Comprei isto para vocês.

O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. A mulher pegou o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava. Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:
- Nós oramos. Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite.

Sua esposa gritou lá da cozinha:
- Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco... Você é um anjo?

O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem. Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face. Ele experimentou que Deus ainda responde os pedidos.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Tese de Guerdjef


Tese de um pensador russo chamado Guerdjef, que no início do século passado já falava em auto-conhecimento e na importância de se saber viver.

Dizia ele: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente vale como principal".

Assim sendo, ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.

Dizem os "experts" em comportamento que, quem já consegue assimilar 10 delas, com certeza aprendeu a viver com qualidade interior. Ei-las:

1) Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo.
Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou.
Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3) Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4) Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5) Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível.
No trabalho, casa,no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.

7) Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8) Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9) Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10) Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11) Família não é você. Está junto de você. Compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

12) Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso,a trave do movimento e da busca.

13) É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15) Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16) Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19) Não abandone suas 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!

20) E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente:

Você é o que se fizer ser!

Quando não se usa a pontuação


Um homem rico estava muito mal, agonizando.
Pediu papel e caneta e escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.'

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes...

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença... '